domingo, 21 de outubro de 2012

Só eu e você, assim tão de repente!!!

E assim tão de repente ...
Mas tão de repente ...
Me vi em seus olhos e neles me perdi,
Porque ao achá-los fitados aos meus,
o mundo para e faz-se em silêncio,
como se nada mais importa-se.
Só eu e você.
E no silêncio me perco em seus braços
e em seu sorriso encontro-me como menina.
E é como menina que me sinto aconchegada em seu peito
perdendo os meus olhos nos seus.

Juliana !!


terça-feira, 9 de outubro de 2012


Medo!
Na visão aristotélica, o medo seria a base da coragem, já que a coragem provém do medo, sendo o medo uma expectativa do mal, a solução para o medo para ele seria encontrar o equilíbrio a justa medida, meio termo.
Sartre: Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem.

Epicuro apresentou o medo como uma das grandes causas de sofrimento humano: medo dos deuses, medo da morte, medo da dor, medo de dificuldades e privações. Ele considerava que esses medos eram fundamentados em opiniões falsas, e propunha o conhecimento de si e do universo como caminho para a imperturbabilidade humana.
O filósofo Espinosa apontava que a maioria das superstições inventadas por cada um de nós vem de um inconfessável medo “místico”, de um insondável “castigo divino”, que faz com que repitamos rituais absurdos apenas para não “alterar a ordem das coisas”, é como imaginarmos que se não for executada determinada “mania”, o céu nos castigará.
Às vezes o medo é um instrumento do Estado, dos poderosos que o controlam. Todas as ditaduras, todas as tiranias, sem exceção, se utilizaram do medo como arma de sustentação política, como justificativa para subtrair direitos e liberdades de seus cidadãos e para realizar ações injustas. 
Nietzsche, o grande filósofo alemão dizia: 

“Digo que os alemães tiveram de recorrer aos meios mais atrozes para lograrem uma memória, que os fizesse senhores dos seus instintos fundamentais, dos seus instintos plebeus e animalistas. Recordem-se os antigos castigos da Alemanha, entre outros a lapidação (já a lenda fazia cair a pedra do moinho sobre a cabeça do criminoso), a roda (invenção germânica), o suplício da força, o esmagamento sob os pés dos cavalos, o emprego de azeite ou do vinho para cozer o condenado (isto ainda no século XIV e no século XV), o arrancar os peitos, o expor o malfeitor untado de mel sob um sol ardente às picadas das moscas.” (A Genealogia da Moral, Nietzsche). 

Ou seja, o povo alemão se tornou dócil e obediente às leis, e normas em geral, não por nobre consciência, mas sim pelo medo da crueldade com que o Estado punia os seus infratores. 
Jung e Freud tem visões diferentes do medo relacionando ao Ego
Há muitas crenças e origens para o medo, mais na maioria ele seria um aliado se usado na medida correta.
Porém o que nos causa medo? O que nos tira do meio termo? Medo da morte? Medo de doenças? Medo de não ter um bom emprego? De não amar, não casar, não ter filhos? Medo de ser? Medo de ser só?...
Há vários medos que rondam o hoje, que martirizam pessoas, que enclausuram pessoas dentro de uma vida pequena, vazia, porque pra muitos um simples sair de casa, já causa medo extremo e por isso vemos tantas pessoas viverem de forma igual, sentadas na beira da estrada, apenas veem a vida passar, porém não fazem parte dela.
O que você tem feito? Tem olhado a vida passar a beira do caminho, ou tem estado no caminho? H.D Thoreau faz uma pergunta que achei extremamente importante para saber se esta vivendo ou não, Não basta estar ocupado. A pergunta é: Está ocupado com o que? Sendo assim o que tem feito?
Camus diz: que somos uma probabilidade e somos responsáveis dessa probabilidade que a vida é uma soma de nossas escolhas. Então se estamos escolhendo, ocupadas com algo, sendo uma probabilidade de coisas infinitas então diríamos que estamos vivos.
O medo é sim importante a vida, porém ele há paralisa, torna pessoas meramente vegetais, ou seja comem, bebem, fazem suas necessidades a vida, porém não existem pois não pensam. Descartes diz: penso logo existo. Então para existir preciso pensar e se penso não paraliso pelo medo.
A parte interessante do medo, é que ele nos coloca em conflito com nossos ideais, nossas escolhas, e Nietsche diz que: Só há alegria no conflito. Sem conflito sem vida.
Segundo Nietsche a ideia de futuro tira o homem do devir (tempo) e do conflito que a vida é tanto quando a ideia de um mundo depois da morte. E que é a morte que torna a vida inédita.
Por que então por medo de morrer, deixamos a vida passar em branco, se ela, a vida é mortal, acaba, se temos consciência de que vamos morrer, porque então não vivemos? Porque é mais fácil deixar a vida passar e ficar a esperar uma vida depois da morte, essa é desculpa de muitos para não viverem aqui.
H.D.Thoreau diz: Quero viver profundamente e sugar a vida até a medula, viver com todo vigor e de forma tão espartana que eliminasse tudo o que não fosse vida.
Sendo assim o medo não é vida, devemos eliminá-lo e sugar a vida enquanto ela existe. Enquanto estamos aqui, enquanto estamos no devir, no tempo.
Que sejamos novamente crianças, sem medo de voar sem assas, de andar sem forças, sem medo de cair, de fraquejar, que possamos assim como crianças olhar a vida com simplicidade. Que vida mostre que é única que se não viver hoje, pode-se não estar vivo amanhã.

Senhor ninguém: Não tenho medo de morrer. Tenho medo de não ter me sentido vivo o bastante.

Juliana 

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