Jen-Jasques Rousseau esquematizou o balanço definitivo da civilização e da barbárie no final do Iluminismo. originalmente nativo da Genebra republicana e suposto amante da liberdade política (Em 1762 publicou O contrato social), Rousseau atacou quase todos os aspectos "progressistas" de seu século.
Tudo que seus antecessores elogiaram no progresso civilizador Rousseau submeteu a uma severa análise crítica. O refinamento nas artes e na ciência a polidez nas relações sociais, o comércio e o governo moderno não estavam melhorando os padrões morais dos homens, proclamou Rousseau, mas tornando-os cada vez piores. Luxo, ganância, vaidade, egoísmo, interesse particular eram todos grandes derivados da civilização. "O homem nasceu livre", afirma a primeira frase do Contrato social, "e por toda a parte encontra-se os ferros" _ as correntes impostas pela sociedade civil.
Rousseau inverteu os pólos da civilização e da barbárie. Suas exaltações ao homem primitivo, o "noble suvage" (homem selvagem) que vive em tranquila harmonia com a natureza e com os outros seres humanos seus companheiros denotavam reprovação a seus refinados contemporâneos parisienses. Mas significavam também uma censura a ideia de progresso na história "Todo o progresso subsequente representou muitas etapas aparentemente em direção ao crescimento individual", escreveu, "Mas muitas levaram, na realidade, ao enfraquecimento da espécie." A posse da propriedade deu origem à competição e à exploração; a complexa interação social motivou a arrogância e a inveja. As artes fizeram o homem suave e afeminado. Os seres humanos se tornam fisicamente débeis, infelizes e muito nervosos. E o pior de tudo, o progresso da sociedade civil não trouxe a liberdade política, mas seu oposto. Ele "destruiu definitivamente a liberdade natural, estabeleceu para todo o sempre a lei da propriedade e da desigualdade (..) e, e para o bem de algumas pessoas ambiciosas, submeteu desde então a raça humana ao trabalho,à servidão e à escravidão".
E ele concluiu o ensaio anterior com essa irônica prece:" Deus todo poderoso, liberte-nos do iluminismo e devolva-nos a ignorância, a pureza e a pobreza".
Rousseau foi o primeiro grande crítico do capitalismo e profeta do fracasso da sociedade civil
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Trecho de livro ....
Gore: acumulam-se provas de que " Existe na verdade uma crise espiritual na civilização moderna, aparentemente baseada num vazio em seu centro e na falta de proposito espiritual"
Menina
Ah! Menina. Porque choras?
Porque a tristeza em seus olhos?
De onde vens e para onde vais, que importa?
Queria tu ser tudo. Achas que não foi?
E se não foi, o que importa?
Ah! menina, deixaste de ser menina para ser tudo, e nada fostes
Nem tudo, nem menina.
Ah! menina, deixa de querer ser tudo e seja menina
Ainda há tempo de ser menina por que nunca deixaste de ser ......
Juliana
Porque a tristeza em seus olhos?
De onde vens e para onde vais, que importa?
Queria tu ser tudo. Achas que não foi?
E se não foi, o que importa?
Ah! menina, deixaste de ser menina para ser tudo, e nada fostes
Nem tudo, nem menina.
Ah! menina, deixa de querer ser tudo e seja menina
Ainda há tempo de ser menina por que nunca deixaste de ser ......
Juliana
domingo, 26 de fevereiro de 2012
O Desapego!!
É interessante como nos apegamos com facilidade as pessoas ou coisas ...
Gostamos do amarelo por exemplo, ai compramos tudo amarelo e coisas que combinem com amarelo
De repente mudamos pro verde, pro rosa, azul, preto, e o amarelo já não nos satisfaz mais...
Desapegamos dele, mas ele está lá guardado, só não usamos mais...
Engraçado é que esse desapego acontece com todas as coisas e pessoas
O desapego não é fácil ou difícil, é natural, normal, faz parte da vida humana...
Juliana!
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Abrir os olhos
Ao abrir os olhos.
É como se pudesse contemplar toda a complexidade do cérebro e dos sentidos.
Os dedos. Ah! os dedos, eles mexeram e dei um salto.
Eu posso andar, pisei com força no chão e corri o máximo que pude.
As mãos seguraram com força tudo o que via pela frente, posso sentir meus dedos.
Posso ver. Nossa! Eu posso ver. Quantas letras e palavras bonitas, me encantei com tantos livros e palavras.
Meu coração, ele bate, posso senti-lo, sinto o cheiro de ar puro vindo do verde que meus olhos agora contemplam.
Sinto tudo o que antes era amortecido, pela ignorância de boneco, tenho sentimentos.
Saudade, amor, tristeza, alegria, dor, sinto tudo ao mesmo tempo, não sou mais um boneco.
Estou vivo, penso eu.
É milagre? ...Não sei.
Só sei que queria fechar os olhos e amortecer tudo de novo, talvez ser um boneco novamente.
Silêncio! Eu quero dormir ...
Juliana
É como se pudesse contemplar toda a complexidade do cérebro e dos sentidos.
Os dedos. Ah! os dedos, eles mexeram e dei um salto.
Eu posso andar, pisei com força no chão e corri o máximo que pude.
As mãos seguraram com força tudo o que via pela frente, posso sentir meus dedos.
Posso ver. Nossa! Eu posso ver. Quantas letras e palavras bonitas, me encantei com tantos livros e palavras.
Meu coração, ele bate, posso senti-lo, sinto o cheiro de ar puro vindo do verde que meus olhos agora contemplam.
Sinto tudo o que antes era amortecido, pela ignorância de boneco, tenho sentimentos.
Saudade, amor, tristeza, alegria, dor, sinto tudo ao mesmo tempo, não sou mais um boneco.
Estou vivo, penso eu.
É milagre? ...Não sei.
Só sei que queria fechar os olhos e amortecer tudo de novo, talvez ser um boneco novamente.
Silêncio! Eu quero dormir ...
Juliana
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
"Eu poderia chorar de coisas assim:
Corre um rio de minha boca, corre um rio de minhas mãos.
Dos meus olhos corre um rio.
Na verdade sofro de excessos, que me dão certo vocabulário
Como derramar, escorrer, atravessar.
Tenho a impressão de que tudo vaza em sobras.
Tenho dificuldade em caber.
Pra caber mais, derramo por nada, derramo sem motivo.
Vou acalmar meu excesso pensei (...)
Palavras são estacas fincadas ao chão.
Pedras onde piso nessa imensa correnteza que atravesso."
Viviane Mosé
Corre um rio de minha boca, corre um rio de minhas mãos.
Dos meus olhos corre um rio.
Na verdade sofro de excessos, que me dão certo vocabulário
Como derramar, escorrer, atravessar.
Tenho a impressão de que tudo vaza em sobras.
Tenho dificuldade em caber.
Pra caber mais, derramo por nada, derramo sem motivo.
Vou acalmar meu excesso pensei (...)
Palavras são estacas fincadas ao chão.
Pedras onde piso nessa imensa correnteza que atravesso."
Viviane Mosé
domingo, 19 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Viviane Mosé, poemas, tempo e verdade...
quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele soprando sulcos na pele soprando sulcos?
o tempo andou riscando meu rosto
com uma navalha fina
sem raiva nem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma
(eu parei de lutar contra o tempo
ando exercendo instantes
acho que ganhei presença)
acho que a vida anda passando a mão em mim.
a vida anda passando a mão em mim.
acho que a vida anda passando.
a vida anda passando.
acho que a vida anda.
a vida anda em mim.
acho que há vida em mim.
a vida em mim anda passando.
acho que a vida anda passando a mão em mim
e por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás
um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
se você tem que me comer
que seja com o meu consentimento
e me olhando nos olhos
acho que ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando.
quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele soprando sulcos na pele soprando sulcos?
o tempo andou riscando meu rosto
com uma navalha fina
sem raiva nem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma
(eu parei de lutar contra o tempo
ando exercendo instantes
acho que ganhei presença)
acho que a vida anda passando a mão em mim.
a vida anda passando a mão em mim.
acho que a vida anda passando.
a vida anda passando.
acho que a vida anda.
a vida anda em mim.
acho que há vida em mim.
a vida em mim anda passando.
acho que a vida anda passando a mão em mim
e por falar em sexo quem anda me comendo
é o tempo
na verdade faz tempo mas eu escondia
porque ele me pegava à força e por trás
um dia resolvi encará-lo de frente e disse: tempo
se você tem que me comer
que seja com o meu consentimento
e me olhando nos olhos
acho que ganhei o tempo
de lá pra cá ele tem sido bom comigo
dizem que ando até remoçando.
"EU ME COMPORTAR? Desde pequena vi o Tarzan andar pelado. Cinderela chegava meia noite. Pinocchio mentia. Aladim era ladrão. Batman dirigia a 320 km/h. Branca de Neve morava com 7 homens. Popeye fumava e era todo tatuado. E o PacMan corria numa sala escura com música eletrônica comendo pílulas que o deixavam acelerado. TARDE DEMAIS! A culpa é da INFÂNCIA!"
O Abraço
É...eu sei que a dor não cabe numa lágrima...
mesmo assim,é impossível secar uma lágrima com palavras.
Eu sei que as palavras não abrangem um sentimento em sua totalidade,
mas elas são totais quando magoam...inesquecíveis.
A eternidade não se mede num compasso...mas acredite
Ela cabe num eternal abraço.
Existe no fim uma lição,sempre alvorece depois da noite mais densa
É nessa treva mais intensa que enxergamos a maior das estrelas
No vento forte o melhor é abaixar as velas e apenas orar
Chore.
Ziguezaguear? Nem pensar. Desesperar-se? Jamais.
Encontre um abrigo,sempre um amigo no céu pra te ouvir
Pronto pra te abraçar,um apertado,suspirante e reconfortante abraço de amor.
Deixe o mundo calar-se,e angústia esvair-se no silêncio desse amor.
Deixe a dor passar, deixe-se abraçar...
E sua alma se completar a intensidade desse abraço.
É...eu sei que a dor não cabe numa lágrima...
mesmo assim,é impossível secar uma lágrima com palavras.
Eu sei que as palavras não abrangem um sentimento em sua totalidade,
mas elas são totais quando magoam...inesquecíveis.
A eternidade não se mede num compasso...mas acredite
Ela cabe num eternal abraço.
Existe no fim uma lição,sempre alvorece depois da noite mais densa
É nessa treva mais intensa que enxergamos a maior das estrelas
No vento forte o melhor é abaixar as velas e apenas orar
Chore.
Ziguezaguear? Nem pensar. Desesperar-se? Jamais.
Encontre um abrigo,sempre um amigo no céu pra te ouvir
Pronto pra te abraçar,um apertado,suspirante e reconfortante abraço de amor.
Deixe o mundo calar-se,e angústia esvair-se no silêncio desse amor.
Deixe a dor passar, deixe-se abraçar...
E sua alma se completar a intensidade desse abraço.
E se a loucura for tudo o que tenho ? .....
E se os sonhos forem só o tapete de uma estrada ?...
E se a estrada não for jamais terminada ?...
E se a realização não for alcançada ?...
E se as forças contrárias forem maior que as minhas ?...
E se o sentido de tudo, deixar de existir ?...
Quem disse que isso tudo importa ? ...
Quem disse que o fim é mais importante que o inicio?...
Que a chuva é mais importante que o sol ?...
Que vencer é mais importante que lutar?...
Juliana
E se os sonhos forem só o tapete de uma estrada ?...
E se a estrada não for jamais terminada ?...
E se a realização não for alcançada ?...
E se as forças contrárias forem maior que as minhas ?...
E se o sentido de tudo, deixar de existir ?...
Quem disse que isso tudo importa ? ...
Quem disse que o fim é mais importante que o inicio?...
Que a chuva é mais importante que o sol ?...
Que vencer é mais importante que lutar?...
Juliana
A verdade é que não me sinto capaz de nada. Não é fossa. Fossa dá idéia de uma coisa subjetiva e narcisista. São motivos bem concretos, que inclusive transcendem o plano pessoal. E tudo tão insolúvel que a gente só pode fugir, porque ficar não adianta nada. A minha maneira de fugir, tu sabes, é dormindo.
(Caio Fernando Abreu. Carta a Hilda Hilst)
(Caio Fernando Abreu. Carta a Hilda Hilst)
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Eu quero é a simplicidade!!
Eu quero é a simplicidade ...
A simplicidade do vazio...
Da cor vibrante do vinho...
Do verde intenso das matas...
Dos ventos...
Da brisa que tocam o meu corpo...
dos livros que me levam pra longe...
A simplicidade do longe...
De estar longe estando perto...
E perto estando longe...
A simplicidade de uma conversa...
De um abraço raro...
De um sorriso inesperado...
A simplicidade...
Eu quero é a simplicidade...
E nada mais ...
Juliana !
A simplicidade do vazio...
Da cor vibrante do vinho...
Do verde intenso das matas...
Dos ventos...
Da brisa que tocam o meu corpo...
dos livros que me levam pra longe...
A simplicidade do longe...
De estar longe estando perto...
E perto estando longe...
A simplicidade de uma conversa...
De um abraço raro...
De um sorriso inesperado...
A simplicidade...
Eu quero é a simplicidade...
E nada mais ...
Juliana !
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