sábado, 8 de março de 2014

A paz de um ipê

E quantas vezes me acolheu em seus fortes e floridos braços, sentada a observar amava tamanha beleza e simplicidade no balançar de seus galhos.
Me acolheste em dor, quando eu, desprovida de minhas folhas, me despi, despi-me dos meus medos e tristezas, me entreguei a solidão e ao vazio de minha alma e você generosamente, propositalmente se despiu junto a mim e ao olhar você, assim, sem folhas, olhei a mim refletida em você, e juntamente comigo, chorava, me olhava e eu a ti. Em volta todos tinham folhas e cores, você sem vergonha sem pudor, despiu-se fora de época só para estar junto a mim e tamanha beleza não encontrei em nenhum outro , só em ti.

E veio a mim, como o ipê, e despiu-se de seus medos e despiu a mim, e assim despido como o ipê demos as mãos e como o ele nos entrelaçamos para crescermos juntos, fortes , porque não éramos mais, um , não era eu, nem tu, éramos nós, e não sabíamos mais onde se inicia um e termina o outro, adquirimos assim um no utro a força de um ipê. E fortes e entrelaçados começávamos a  florir...e..... crescer juntos ...




Nenhum comentário:

Postar um comentário

  Pensamentos ! Então Elias saiu de lá e encontrou Eliseu, filho de Safate. Ele estava arando com doze parelhas de bois e conduzindo a décim...