domingo, 9 de dezembro de 2012


E foi o ponto, o final da estrada, um muro
O caminho sem volta
O adeus sem despedidas
As palavras que ficaram presas na garganta
Foi assim,
Comum, como se aquele momento já fosse premeditado
Nem lágrimas, nem dor
Apenas um silencio absoluto
Não tiveram discussões, só as mágoas que nunca foram expressas que ficaram em seu peito
Seu corpo mostra todos os dias seus sentimentos sempre guardados como em uma caixa trancada
Um coração cansado e velho que virou vidro e que todo dia trinca um pouco
Resta pouco da vida
Resta pouco de seu sorriso
O quarto, os livros e o sono
A vida de um tudo que se transformou em nada
E a frase cravada em sua pele mostra tão qual é a mentira de sua vida
Miriam Lewer

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