sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um pouco de Sócrates


Sócrates

Nascido em Atenas, Sócrates(469-399 a.C) é tradicionalmente considerado um marco divisório da história da filosofia grega. Por isso, os filósofos que o antecedem são chamados pré-socráticos e os que o sucederam de pós-socráticos.
O próprio Sócrates, porém, nada deixou escrito, e o que se sabe dele e de seu pensamento vem dos textos de seus discípulos e de seus adversários.
O estilo de vida de sócrates assemelhava-se ao dos sofistas embora não vendesse seus ensinamentos. desenvolvia o saber filosófico em praças públicas conversando com os jovens, sempre dando demonstrações de que era preciso unir a vida concreta ao pensamento. Unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência prática ou moral.
Tanto quanto os sofistas, Sócrates abandonou a preocupação dos filósofos pré-socráticos em explicar a natureza e se consentrou na problemática do homem. No entanto, contrariando  aos sofistas, sócrates opunha-se por exemplo, ao relativismo em relação à questão da moralidade e ao uso da retórica para atingir interesses particulares.
Embora tenha sido , em sua época, confundido com os sofistas, sócrates travou uma polémica profunda com estes, pois procurava um fundamento último para as interrogações humanas ( O que é o bem ? O que é a virtude? O que é a justiça?), enquanto os sofistas situavam as suas reflexões a partir dos dados empíricos, o sensório imediato, sem se preocupar coma investigação de uma essência da virtude, da justiça, do bem etc.,a partir da qual a própria realidade empirica pudesse ser avaliada.
A pergunta essencial que Sócrates tentava responder era: o que é a essência do homem? Ele respondia dizendo que o homem é a sua alma, entendendo-se alma qui como sede da razão, o nosso eu consiente, que inclui a consciência intelectual e a consciência moral e que portanto distingue o ser humano de todos os outros seres da natureza 
Por isso, autoconhecimento era um dos pontos fundamentas da filosofia de sócrates.
"Conhece-te a ti mesmo" frase inscrita no Oráculo de defos, era a recomendação basica feita por sócrates a seus discípulos.
Sua filosofia era desenvolvida mediante diálogos críticos com seus interlocutores. Esses diálogos podem ser divididos em dois momentos básicos : a ironia e a maiêtica.

A ironia

Na linguagem cotidiano, a ironia tem um significado depreciativo, sarcástico ou de sombaria. Mas não é esse o sentido da ironia socrática. No grego, ironia quer dizer " interrogação". De fato. Sócrates interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensava saber. O que é o bem? O que é a justiça ? E a coragem? E a piedade? São exemplos de algumas perguntas feitas por ele.
No decorrer do diálogo, atacava de modo implacável as respostas de seus interlocutores. Com habilidade de raciocínio, procurava evidenciar as contradições afimadas, os novos problemas que surgiam a cada resposta. Seu objetivo inicial era demolir, nos discípulos, o orgulho, a arrogancia e a presunção do saber. A primeira virtude do sábio e adquirir consciência da própria ignorância, "Sei que nada sei" dizia Sócrates ............

A maiêutica

Libertos do orgulho e da pretenção de que tudo sabiam, os discípulos podiam então iniciar o caminho da reconstrução de suas próprias ideias.Novamente Sócrates lhes propunha uma série de questões habitualmente colocadas.
Nessa segunda fase do diálogo, o objetivo de Sócrates era ajudar seus discípulos a conseberem suas próprias ideias. Assim transportava para o campo da filosofia o exemplo de sua mãe,Fenareta que sendo parteira, ajudava a trazer crianças ao mundo. Por isso essa fase do diálogo socrático, destinada a concepção de ideias, era chamada de maiêutica, termo grego que significa "arte de trazer a luz".

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